"Eu sou, eu existo"

(ENEM) A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da reflexão medieval, por


    A filosofia medieval está atrelada à filosofia cristã e nas tentativas de explicar e provar a existência de Deus por intermédio da conciliação da razão e da fé. A igreja Romana dominava a Europa e criava, à volta das catedrais, as primeiras universidades. Assim, ensinava filosofia medieval que também é conhecida com nome de Escolástica.  

    A proposição "eu sou, eu existo" foi cunhada por Descartes e a ruptura se dá ao não transferir à igreja a explicação do mundo e dos homens. Ainda nessa toada, Descartes baseava suas reflexões no exame das opiniões contrárias e tal pensamento era inconcebível quando falamos na filosofia cristã ou dos padrões de reflexão medieval, dado que os dogmas divinos eram irrefutáveis e inquestionáveis. Dessa maneira, ir contra as verdades reveladas por deus e perseguir a realidade por meio do intelecto era uma ruptura e tanto para a época.  Então, é de suma importância esse pensamento de certa forma inaugural de que por meio do conhecimento puramente intelectual a realidade poderia ser conhecida e transformada pelo homem.  É o berço da ciência como conhecemos e o surgimento do ideal de que o homem poderá dominar tecnicamente a natureza e a sociedade.


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